quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
2009: UMA ODISSÉIA NA TERRA
domingo, 21 de dezembro de 2008
PICHANDO CALOS
domingo, 14 de dezembro de 2008
SONORIDADE PORONGA
Caso você tiver vontade de ouvir algum som da banda, aí vai o link do Myspace da banda.
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewProfile&friendID=193408370
Os destaques ficam por conta das faixas "Nada além" (como certa vez disse Diogo Soares, vocal da banda, a "música mais paulistana da banda"; ou um "infinitivo perpétuo de 24 horas"), "Lego de palavra" e "Como o sol"
Guys, enjoy the music!
MARCAS DO AI-5
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
O BANHEIRO DA MÍDIA
Talvez ninguém se lembre do caso da "Escola Base", nos idos dos anos 90... a parada foi (mais-ou-menos) a seguinte: havia uma escola de educação infantil dirigida por um casal nipônico (ou descendentes de... não me recordo agora). Por alguma "viagem" homérica ou por algum outro motivo que nem Freud explica, alguém fez uma denúncia (?) sobre supostos abusos, se é que você me entende, às crianças daquele local... A grande imprensa, na cobertura (daquele bolo de cagadas sucessivas), não apurou a veracidade dos fatos e tampouco deixou os "japas" defenderem-se (né?). Resultado: o casal não foi assassinado por muito pouco e tiveram o empreendimento arruinado e, depois de muito tempo, comprovaram que eles eram inocentes. Os grandes grupos midiáticos fizeram um mea-culpa "em off", mais por obrigação do que por qualquer outro motivo... mas a vida dos dois nipônicos nunca mais foi a mesma.
Vale citar outros exemplos: enquanto o Brasil brinca de ser feliz e pinta o nariz durante o carnaval e altas festas rolam no Paranoá, mas tudo o que passa na TV, basicamente, são os desfiles no Anhembi e na Sapucaí; durante a Copa do Mundo, também conhecida como "única época em que a galera age patrioticamente", tudo o que ouvimos é "atacante da seleção tal aparece com 'freada' na c..." (desculpa) ou "Seleção brasileira abre o seu treino ao público"... e outros fatos, talvez até mesmo mais importantes do que o torneio em si, ficam em segundo plano. Isso sem contar o último capítulo da novela vigente, o que já virou uma instituição nacional e pára um país inteiro.
Resumindo, todos - até um guri de seis, sete anos - podem notar que a abordagem sobre o nosso cotidiano é, no mínimo, tendenciosa e/ou questionável (há excessões, como em toda e qualquer regra)... Ao que parece, o que a mídia faz em seu "banheiro", aparentemente, saiu da caverna de Platão... e tudo isso vai direto para nossas casas e mentes. Até quando viveremos assim?
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Sangue, Caxemira e bomba atômica
CIDADANIA JOGADA NA RUA (OU À SORTE)
Vinte de novembro de 2008, comemoração do Dia da Consciência Negra. O cortejo seguiu para a Igreja da Sé. Lá dentro, Rita, moradora de rua, estava dançando inocente e feliz, quando foi abordada pelo segurança, que incomodado com tanto entusiasmo, pediu que ela se retirasse do Templo Sagrado. Templo esse, que diz ter as portas abertas a todos os filhos de Deus. E o morador de rua, não é filho de Deus? Além de lhe tirarem o direito a educação, moradia e saúde, ainda lhe tiram a paternidade?
Quem são essas pessoas? Para onde elas vão e o que o futuro representa para elas? Essas são perguntas que a maioria das pessoas, não está preocupada em responder. Para muitos, o morador de rua é um pobre coitado, sem rosto, sem identidade, sem importância.
Vendo de perto, conhecemos pessoas normais. Infelizes sim, mas gente como a gente. Pessoas que tem sonhos, que são inteligentes e que são solidários uns com os outros. Eles não tinham nem um pão velho para comer, mas a Xuxa, cadelinha de estimação e companheira de sofrimento, tinha iogurte e ração no seu pratinho. Isso exprime o sentido da palavra solidariedade.
O morador de rua Lafonte, é um exemplo disso. Carioca e ex-estudante da faculdade de psicologia, no Rio de Janeiro, sonha em voltar a estudar, para fundar uma instituição de caridade e dar um lar para todas as pessoas que estão nas ruas. Homossexual, que excluído pela família e pela sociedade, passou a viver esse drama de não ter para onde ir. Extrovertido, se diz uma pessoa feliz e faz questão de distribuir o seu Orkut e o seu endereço eletrônico, aliás é o único endereço que ele tem.
Billy, nascido na Somália em 1971, foi resgatado da fome no país africano, adotado por um casal de brasileiros. Ficou órfão novamente, aos dez anos de idade. Os filhos do casal, o jogou na rua e ele passou a conhecer o que é miséria e fome, só que agora em solo brasileiro. Aos 37 anos, Billy não consegue ter uma família, diz estar muito traumatizado para constituir uma e por isso, prefere ficar na rua. Poliglota, fala quatro idiomas, inteligente e sensível. Esse é o morador de rua, que teve a preocupação de perguntar qual o sentimento da equipe, em estar executando esse trabalho. Não pediu dinheiro, moradia, nem comida. Só pediu respeito e amizade, ou seja, que alguém se importe com eles, como seres humanos que são.
O morador de rua não está preocupado com a crise financeira, com a alta do dólar ou se Barack Obama foi eleito presidente da maior nação do mundo. Eles estão preocupados se vão conseguir dormir de noite e não vão ser agredidos pela polícia ou pelos Skin Heads, que os atacam covardemente, até mesmo quando estão indefesos.
A sensação de impotência e de indignação, de nada resolve. O morador de rua precisa de atitudes concretas e não do cadastro feito pela prefeitura da cidade de São Paulo, que lhe dá direito a um banho por semana. É necessário mais do que iniciativas de grupos de assistência social ou de pessoas isoladas. Eles precisam ser inseridos na sociedade, como cidadãos que são. Cidadão, que no dicionário quer dizer “ habitante de uma cidade, indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado”. Ou seja, direito a educação, a saúde, a moradia e alimentação. Coisas que só ouvimos falar em época de eleição, mas que logo são esquecidas.
sábado, 29 de novembro de 2008
Mallu Mulher(zinha)
sábado, 22 de novembro de 2008
Vestibular (que não é o) da vida
Como muitos sabem, uma porrada de pessoas passam o ano inteiro estudando em cursinhos pré-vestibulares e, à medida em que a data do "facão" se aproxima, vêm de brinde a apreensão, a angústia, o medo e o desespero - enfim, tudo o que atrapalha emocionalmente o candidato. Num efeito "bola de neve dos infernos", surgem também fórmulas (supostamente) milagrosas para se dar bem no vestibular e que, em sua maioria, fazem tudo menos ajudar à pessoa.
Muitos professores de cursinho dizem que o que o "mano" teve de aprender foi assimilado com o decorrer da época preparatória e, obviamente, os dias próximos são para "esfriar a cabeça": passar boa parte do tempo com os familiares ou com a mulher, sair para respirar (ar puro em Sampa é difícil, mas não custa nada tentar), ouvir Los Hermanos (ou alguma música que te deixe tranquilo)... todavia, não é raro ver pessoas visivelmente ansiosas tentando decorar fórmulas de Física minutos antes da prova.
Agora, por que tanta gente se sente pressionada para passar no vestibular? Em primeiro lugar, a associação entre ser bem-sucedido no vestibular e na vida é intrínseca e, como resultado de uma equação de Baskhara, a pressão exercida por (alguns) professores, pais e, até mesmo, amigos contribuem para que o candidato sinta-se na "obrigação" moral (?) de ser aprovado... e a depressão, oriunda das sensações de impotência e de (pasmem) incompetência, é a cereja nesse bolo de massacre mental (confesso que estive à beira de tal quando passei por essa fase mas, no meu caso, eu mesmo me obrigava a ser aprovado - de cara... sorte que consegui ficar desencanado a tempo).
Como se isso não bastasse, há um brinde na parceria pressão-aprovação: a obrigatoriedade de definir "o que você quer ser na vida, meu filho!". Essa parte é um pouco mais complicada pois, além de forçar a pessoa (o jovem) a decidir qual o caminho a ser seguido, profissionalmente falando, induz (ou condiciona mesmo) a essa pessoa a tomar uma decisão equivocada. É extremamente interessante que o guri já tenha em mente o que fazer em sua vida pero (ô portunholzinho de m...!) forçá-lo a se decidir antecipadamente acaba sendo um tanto temerário. Alguns indivíduos já o fazem antes mesmo dessa fase, contudo, como diz o senso comum, há pessoas e há pessoas... outros demoram a escolher por uma série de fatores: insegurança e a incerteza - ligada à anterior - estão, na maioria dos casos, conectadas a essa demora. Há o "complexo do hippie" (sem desmerecer à classe), no qual a pessoa não importa-se com o futuro... aí, para lidar com essa parte é mais complicada (um testezinho vocacional e uma conversa mais veemente ajudariam).
Ou seja, a escolha de um curso (lê-se profissão) não é algo tão simples como trocar de camiseta: é uma decisão que decidirá o futuro de uma vida. Essa não é uma verdade absoluta (até porque nenha verdade é inquestionável) mas uma maneira viável de fazê-la é vivendo... as experiências que alguém tem em sua vida serão muito importantes para a formação do caráter do "mano"... e para a definição de sua diretriz profissional.
Como diria John Lennon, let it be (deixe rolar...).
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Mundo em preto e branco
sábado, 15 de novembro de 2008
Festa de 2ª
Tentativa de chegar ao ponto G... G20
Hoje, em Washington, a capital do mundo ocidental e consumista "pra c..." (atualmente, por causa desta crise q deixou até a galera de Cuba desesperada, nem tanto...), os chefes dos 20 países-membros chegaram (?) à seguinte conclusão: as relações econômicas TÊM de ser mais transparentes e que suas conseqüências resultem em maior integridade do sistema econômico... será que os nossos "amigos" que cuidam da volatilidade da economia mundial concordaram com esta resolução?
De quebra, o presidente francês Nicolas Sarkozy disse que os "Excelentíssimos presidentes" dos 20 países irão reunir-se em abril de 2009, para elaborar uma espécie de "reunião de prestação de contas". Este encontro para analisar a aplicação das medidas estabelecidas e para uma partidinha de pôquer (é claro!) será, provavelmente, na terra da Rainha Elizabeth ("God save the queen", mas na versão dos Sex Pistols), dos Beatles e do Mr. Bean (seria ele o anfitrião deste bate-papo global?), que presidirá, temporariamente, este "clubinho". Atualmente, o Brasil é (sério?) o líder da "bagaça".
Ainda vale a pena citar que outra conclusão à qual os líderes das 20 nações chegaram foi a de que os países em desenvolvimento (por que não dizem 3º mundo de uma vez?... estes eufemismos "enchem o saco") têm de ser mais representativos tanto no FMI - as Casas Bahia dos países em desenvolvimento (sic) - como no Bird, o Banco Mundial.
Esperemos sentados pela aplicação de tais resoluções...
sábado, 8 de novembro de 2008
Obamania: esperança ou euforia?
Com o slogan "CHANGE - we need" (que no idioma do Manoel e da Maria quer dizer "Mudança - nós precisamos"), o democrata desbancou o republicano e ex-combatente no Vietnã John McCain ("camarada" partidário do dublê de presidente George Walker - agora descobrimos o que queria dizer o W. - Bush) em votação histórica, na qual praticamente a Fiel Torcida (força de expressão, "mano") foi às urnas - para quem não sabe, a votação por lá é facultativa, ou seja, vota quem quiser... ao contrário do que ocorre num lugarzinho onde há palmeiras nas quais sabiás cantam e a galera canta "Eu nunca vou te abandonar".
Pois é, seguramente haverá mudanças - para melhor -, por motivos que é melhor serem deixados subentendidos... mas até em que ponto elas, de fato, ocorrerão? Ponderemos: o cara é o primeiro presidente negro da história da América (fato este que tem de ser comemorado por, pelo menos , um ano), demonstrou ser ético e humano - especialmente quando foi visitar a sua avó moribunda... se foi jogada política ou não, poucos saberão dizer; mas soou muito bem para muita gente -, é a "encarnação" do novo (politicamente falando) que muitos red necks queriam, contudo, não custa lembrar que ele está vinculado ao partido democrata (o mesmo partido de Bill Clinton - talvez você se lembre do caso Monica Chup... digo, Lewinski - e de Al Gore, o mesmo cara que levou um Oscar por um documentário do tipo "Save the Earth!", mas gasta energia elétrica homericamente em sua casa). Talvez não haja mudanças tão drásticas assim.
Agora me veio à mente um comentário do candidato republicano McCain sobre Obama: o "tio" disse algo como "Obama tem pensamentos socialistas", o que equivale a chamar alguém de fdp na América (aposto que teve barbudo na ilhazinha que fica a 90 milhas de New York City vibrando com esta declaração)... peço desculpas caso estiver sendo repetitivo, pedante e chato "pra p...", mas haverá mudanças seguramente boas, mas não tão intensas assim. Basta citar que, em seu primeiro discurso após preparar as malas para a Casa Branca, Obama disse que o desenvolvimento de energia nuclear no Irã não é legal e tem de ser interrompido... acho que já disseram isso antes.
Mas, contudo, todavia, entretanto (ou qualquer porcaria de advérbio de contratiedade que existir), a Obamania chegou a proporções que levariam ao Faustão dizer "Ô loco, meu!". Kele Okereke, vocal/guitarra do Bloc Party (aquela banda inglesa que tem sons muito loucos, mas que fez a "cagada" do ano no último VMB), apareceu em alguns shows com camisetas que tinham o rosto do Obama estampado; no Quênia, onde moram alguns parentes do futuro presidente, haverá feriado em comemoração à eleição do cara; alguns geeks fizeram versão do Super Mario com o democrata como herói e lutando, inclusive, com Sarah "Miss Alasca" Palin (vice na chapa de McCain)... mas nenhuma superou a pérola dita pelo líder da KKK, aquele movimento de anti-semitas xaropetas... o cara somente disse que Obama é meio negro (ou mulato mesmo), pois foi criado por sua mãe, de origem "branca"... sem comentários.
Ainda me esqueci destas: Lil' Bush ainda disse que "o sonho virou realidade" (será que foi alguma alusão a Luther King? e o que ele diria sobre isso tudo?); e Berlusconi (premiê italiano, manda-chuva da Milan e falastrão nas horas vagas) disse que Obama é "jovem, belo e bronzeado" (ouvi bem? bronzeado?) Pegou muito mal para o primeiro-ministro da terra da bota.
Então, o que fazer e o que esperar? Por coisas (bem melhores) em relação à gestão ainda (falta pouco!) vigente... mas não é preciso entrar na onda da euforia que se pode ver por aí.
Introdução desnecessária
Bueno, este blog será somente mais um no meio de alguns porrilhões de diários eletrônicos (ou tentativa de relatos cotidianos mesmo) que caíram em algum ponto da rede global, mas tentarei deixá-lo o mais próximo que eu puder do que eu penso (estou me esforçando arduamente para receber o "Prêmio Gadernal 2008").
Qual será a "levada" dele? Ainda não sei exatamente. De tanto alguns amigos me dizerem "Você TEM de criar um blog!" e "Por que você não cria um? Você leva jeito, garoto." (os diálogos não eram bem assim... no último caso, talvez me disseram isso por eu ter cara de nerd metido a cult e descolado) , decidi (re) começar a escrever... Tentarei ficar o mais longe que eu puder da caverna platônica (como se isso importasse). Além disso, tentarei falar sobre uma porrada de coisas (a parada é tosca ao ponto de não ter tema definido)... os assuntos, em meio à confusão mental, serão extremamente variados... política, futebol, música, sua mãe (brincadeira...). Confesso que uma das influências será o blog "Instante posterior" do "Sir" Bruno Medina, ex-tecladista do Los Hermanos.
Para você, que ignorou a recomendação inicial e seguiu lendo este "texto" (dedico as "aspas" à galera da minha sala de Jornalismo... eles entenderão o porquê), boa leitura! A parada não é de primeiro mundo - óbvio... estamos no Brasil, né?! -, mas é uma tentativa de fazer algo legal. Blaseísmos e tosquices à parte, "here we go!".